O colapso da pandemia em Belo Horizonte levou o governo a fechar até os supermercados e “sacolões” neste domingo, 28.
A medida para conter o avanço da Covid-19 foi tomada pela Prefeitura da capital mineira, anunciada no sábado, 27. Apenas farmácias e postos de combustível estarão autorizados a funcionar aos domingos entre as atividades comerciais da cidade.
O fato gerou uma corrida desenfreada dos consumidores aos estabelecimentos comerciais, logo após a divulgação do ato municipal.
Muito sacolões das Regiões Leste e Centro-Sul se desdobraram para atender ao incremento de clientes, mas também confeccionaram faixas e cartazes ofertando o serviço de entregas por telefone e aplicativos. Alguns, como um estabelecimento do bairro Santa Efigênia (Região Leste), fizeram até promoção de frete sem custos para compras acima de R$ 50.
Uma estratégia semelhante foi seguida pelos supermercados, que abriram a possibilidade de compras virtuais, por aplicativos e até mesmo telefone fixo com atendentes, com valores que variam por estabelecimentos, chegando a ofertar frete gratuito por até R$ 100.
Na entrada dos comércios, era mais rígido o controle dos supermercados, com funcionários contando quantos clientes entravam na loja para não extrapolar o máximo permitido contra a aglomeração. Alguns mediam a temperatura para impedir o acesso de clientes febris. Todas as lojas tinham álcool em gel à disposição dos clientes.
A decisão de não permitir a abertura de padarias, sacolões, supermercados e similares aos domingos foi tomada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em reunião com representantes do setor na terça-feira (23/3). Apenas farmácias e postos de combustível estarão autorizados a funcionar aos domingos entre as atividades comerciais da cidade.
A medida visa impedir que a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) se alastre pela cidade, trazendo ainda mais pressão ao setor hospitalar que já trabalha além da capacidade de leitos há mais de uma semana.