“Lockdown” sinônimo de palavrão proibido no Brasil – apesar da pandemia que já matou quase 280 mil pessoas – não é nada para Bolsonaro. A Covid muito menos.
Para ele, só representa uma única coisa: “fuder a minha reeleição”.
Foi dito e gravado pela médica Ludhmila Hajja – indicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), líder do Centrão, para o Ministério da Saúde – na conversa com o presidente, quando ela recusou o cargo, após horas de sabatina e ameaças.
Ou seja, se “fode” a campanha do homem, a preocupação nunca foi salvar vidas. Tudo menos isso.
E aí tem-se o desrespeito com almas alheias, as famílias que perderam seus entes na pandemia e os demais brasileiros que sofrem essa tortura.
Daí também essa bagunça toda provocada no Ministério pelo incompetente general Eduardo Pazuello, que foi defenestrado do cargo extremamente contrariado.
Agora vai assumir o lugar de Pazuello o senhor Marcelo Queiroga, um paraibano, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, apoiado por Eduardo Bolsonaro, o filho do presidente, que o tem como aliado.
As coisas no governo acontecem desta forma. É a família quem toca.
Resta saber se o senhor Queiroga terá estômago e coração para aguentar o pesadelo, em nome dos interesses eleitorais da família Bolsonaro.
É a história: Na politica diz-se que o político para se eleger mata até a mãe, desde que não apareça como responsável.
Afinal, a Covid-19 mata, mas é só um detalhe. “Não foda a eleição”.