20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

CPI inclui mais 12 nomes e sugere 80 indiciamentos em relatório final votado hoje

CPI da Covid também deve apresentar um pedido ao STF para que o presidente Jair Bolsonaro seja “banido das redes sociais”

A pedido dos colegas, o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu mais 12 nomes na lista de sugestões de indiciamentos do documento final.

Dessa forma, o documento é votado hoje (26) recomendará 80 indiciamentos, sendo 76 pessoas e duas empresas.

Os 12 novos nomes incluídos no relatório final são:

  1. Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações do Ministério da Saúde, pelos crimes de epidemia e contra a humanidade;
  2. Marcelo Bento Pires, ex-assessor do Ministério da Saúde, pelo crime de advocacia administrativa;
  3. Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística do Ministério da Saúde, pelo crime de advocacia administrativa;
  4. Thiago Fernandes da Costa, ex-assessor técnico, pelo crime de advocacia administrativa;
  5. Regina Célia de Oliveira, fiscal de contratos do Ministério da Saúde, pelo crime de advocacia administrativa;
  6. Amilton Gomes de Paulo, reverendo e presidente da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), pelo crime de estelionato majorado;
  7. Hélio Angotti Netto, secretário de ciência, tecnologia, inovação e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, pelo crime de epidemia;
  8. Hélcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil, pelos crimes de advocacia administrativa, estelionato majorado e incitação ao crime;
  9. José Alves Filho, sócio-administrador da farmacêutica Vitamedic, pelos crimes de venda de medicamento em desacordo com a fórmula constante na Anvisa e de “fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança”;
  10. Antônio Jordão, oftalmologista e presidente da Associação Médicos pela Vida, apontado como integrante do chamado gabinete paralelo da saúde, pelos crimes de charlatanismo e incitação ao crime;
  11. Wilson Lima, governador do Amazonas;
  12. Marcellus Campêlo, ex-secretário de saúde do Amazonas.

Bolsonaro

A CPI da Covid também deve apresentar um pedido ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news, para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja “banido das redes sociais” – o que incluiria Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.

A iniciativa ocorre após o mandatário relacionar falsamente as vacinas contra o novo coronavírus à transmissão do vírus da Aids. Caso o pedido de banimento não seja atendido, os senadores pretendem que Bolsonaro seja, ao menos, suspenso por um período.

O senador Randolfe Rodrigues também contou que os senadores que atuam no G7 estariam planejando entregar um novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro na próxima semana por meio da frente parlamentar a ser criada após o encerramento da CPI.