Ao propor um Pacto Federativo aos governadores estaduais para enfrentar o crime organizado no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a importância do combate as organizações criminosas no País.
Segundo o jornalista Ricardo Noblat, Lula disse aos governadores que se não estiveram unidos para enfrentar essa questão, “logo, logo, o crime organizado vai participar de concurso indicando juiz, procurador, político, candidato. E essa é uma coisa quase incontrolável se não montarmos um pacto federativo que envolva todos os poderes”.
Mas, destaca o colunista do Metrópoles, que “de olho nas próximas eleições, um bando de governadores não quer pacto federativo para não dividir com o governo federal os méritos de uma ação mais eficaz contra o crime organizado.
Um estudo do Ministério da Justiça mostra que 88 organizações criminosas atuam no Brasil, sendo as duas maiores o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em três estados, 46 organizações criminosas disputam o mercado do tráfico de drogas: Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os governos estaduais culpam o governo federal por tal situação.
“Mas quando o federal decide enfrentar o problema, governos estaduais, cujos titulares são de oposição, reagem ao que classificam de interferência ilegítima nos seus domínios. A PEC da Segurança Pública não subtrai poderes aos governos estaduais, e acrescenta só um pouquinho de poder ao governo federal ao propor a criação da Polícia Ostensiva Federal”, disse.