A Igreja Evangélica Cristo pertence ao radialista Francisco Oliveira da Silva, ex-deputado federal e aliado de Eduardo Cunha, foi usada pelo ex-deputado para justificar um “empréstimo” de R$ 250 mil a Cláudia Cruz, esposa de Cunha.
No entanto, a Lava Jato identificou que o empréstimo anunciado era apenas uma estratégia simulada para a lavagem de dinheiro do ex-presidente da Cãmara e da igreja.
A investigação no imposto de renda na quebra de sigilo bancário de Cláudia Cruz revelou que tudo não passava de uma armação de Cunha para colocar dinheiro fraudulento nas mãos da esposa, segundo disseram os procuradores da Lava Jato.
“Ao que tudo indica, Francisco Oliveira da Silva jamais emprestou dinheiro a Cláudia Cruz, sendo lógico que a simulação do contrato de mútuo serviu apenas como uma fraude para dar lastro para o ingresso de recursos espúrios provenientes dos crimes praticados por Eduardo Cunha no patrimônio da investigada”, aponta a Lava Jato.
Em depoimento à Lava Jato, em abril deste ano, Cláudia Cruz declarou que conhece Francisco Oliveira da Silva, presidente da Igreja Evangélica Cristo em Casa e que ‘nunca teve situação de necessidade financeira’. A mulher de Cunha foi questionada sobre o empréstimo e disse, na ocasião, nada saber ‘sobre este fato’.
Eduardo Cunha foi preso na quarta-feira, 19, por ordem do juiz federal Sérgio Moro e a pedido da força-tarefa da Lava Jato. O magistrado mandou capturar preventivamente o ex-deputado, que responde a uma ação penal na 13ª Vara Federal de Curitiba, de titularidade de Sérgio Moro, sob o argumento de ‘risco à ordem pública e à instrução penal’.
Cláudia Cruz é ré na Lava Jato. A mulher do peemedebista é acusada de lavagem de dinheiro. Segundo denúncia do Ministério Público, Cláudia teria evadido cerca de US$ 1 milhão por meio de contas secretas no exterior abastecidas por seu marido com dinheiro da corrupção na Petrobrás.