13 de dezembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Davos: Bolsonaro quer mudanças na Venezuela e investimento no Brasil

Presidente deve fazer discurso ‘curto e objetivo’ no Fórum Econômico Mundial

O presidente Jair Bolsonaro disse, na chegada a Davos, que foi ao Fórum Econômico Mundial na Suíça para “mostrar, via nossos ministros em especial, que o Brasil mudou” e que o país está pronto para que “negócios voltem a florescer” e para “restabelecer a confiança do mundo em nós”.

Sobre os desdobramentos da crise política na Venezuela, o presidente afirmou esperar que o “governo Nicolás Maduro mude rapidamente”.

O presidente da República não quis antecipar encaminhamento do programa de privatizações. “A gente não vai anunciar particularidades no tocante a isso. A agenda está com nosso chefe da economia, Paulo Guedes, está bastante detalhado nesse sentido e ele vai anunciar a partir do momento que tiver certeza que faremos boas privatizações”.

Apesar de ter 45 minutos reservados para si, Bolsonaro disse que será “curto, objetivo, claro”. Depois de sua fala preparada, ele responderá a perguntas do fundador do fórum, Klaus Schwab.

Segundo ele, o texto a ser lido feito e corrigido por vários ministros para que nós déssemos recado mais amplo possível do novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder. Em sua ausência, o vice Mourão assumiu a presidência.

Comitiva em Davos

Bolsonaro ficará no mesmo hotel que o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional. Além deles, a comitiva inclui os ministros Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), além do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e do chefe da Apex, Mario Vilalva.

O secretário especial de comércio, Marcos Troyjo, chegou antes à cidade, assim como o governador João Doria (PSDB-SP), que aterrissou em voo comercial na manhã desta segunda.

Na Suiça, Bolsonaro pretende apresentar aos investidores nos Alpes, com auxílio de Guedes, sua agenda liberalizante para a economia, tratando de privatizações e reforma da Previdência.

O presidente também deseja certificar as credenciais democráticas do país e tratar de temas como inserção e cooperação regional, Mercosul e crise na Venezuela, a qual será objeto de um painel paralelo à agenda oficial nesta quarta (23), com a participação dos brasileiros.