24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

De olho em 2022, PSDB, DEM e PSD discutem fusão para eleição presidencial

Ideia é ter tudo concretizado até 2021 para dar tempo de participar com o novo partido das eleições

As direções partidárias de PSDB, DEM e PSD já discutem uma fusão partidária das três siglas, em uma única legenda, para disputar as eleições de 2022. Naquele ano estarão em disputa a Presidência da República, os governos de estado, a Câmara dos Deputados e vagas para o Senado, além dos legislativos estaduais.

João Doria é o candidato natural do PSDB à Presidência, e tem procurado se afastar do mote “BolsoDoria”, que ajudou a elegê-lo governador de São Paulo em 2018. E nesta semana, tucano fez inúmeras críticas à condução do governo Bolsonaro.

Ainda embrionárias, as conversas não definiram ainda qual seria o nome do novo partido e há quem duvide que isso fique pronto a tempo das eleições municipais de 2020. O principal empecilho seria Gilberto Kassab, presidente do PSD. Mas até isso seria questão de tempo.

A ideia é ter tudo concretizado até 2021 para dar tempo de participar com o novo partido das eleições em 2022, no que seria um apontamento para o futuro. Apesar do otimismo interno, o mais provável é que legendas maiores venham a se unir somente depois de 2022.

A proibição por lei de coligações nas eleições proporcionais, aliás, deve mesmo impulsionar as junções de partidos. Por outro lado, quando questionados diretamente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), entretanto, negou a possibilidade de juntar as três siglas. ACM Neto, prefeito de Salvador e presidente do DEM, afirmou que há “zero chance”.

Lágrimas

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ficou tão emocionado com um elogio do deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) que chorou. E o momento em que o ex-deputado do PSL fez Maia ir às lágrimas foi capturado em vídeo pela jornalista Kelly Matos, da GaúchaZH.

Expulso do PSL na terça-feira (13), Frota disse à Folha que Bolsonaro é “um idiota ingrato que nada sabe” e que “aquela cadeira de presidente ficou grande para ele e ele se lambuzou com o mel da Presidência”.

Acusado de infidelidade partidária por criticar abertamente o presidente, ele diz que sua expulsão é “um aviso para aqueles que acham que estamos vivendo em uma democracia”. Entre eles, estava João Dória, governador de São Paulo, que na campanha usou o slogan BolsoDória para se aproximar do então canditado presidencial do PSL, mas já inicia sua campanha presidencial.