29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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De olho nas eleições, Bolsonaro já acena com aumento salarial para servidores

Até o dia das eleições, em 2022, há muita confusão à vista

Bolsonaro agora quer rever política salarial do servidor público

Morra quem morrer, viva quem viver, mas o objetivo do presidente Jair Bolsonaro é um só: a reeleição.

Ele sentiu o gosto do poder e não quer largar mais. Ao ponto de dizer em live que só Deus o tira do Palácio do Planalto e assim mesmo se for morto. Foi dito e gravado, o que demonstra por si só quem ele é.

Nada importa. Só o poder para si e sua filharada já bem conhecida…

Ao longo de sua permanência no cargo, o ministro da  Economia, Paulo Guedes, arrochou os servidores públicos, chamou-os de parasitas e vagabundos. Travou toda e qualquer possibilidade de reajuste salarial para o funcionalismo público, em nome dos seus interesses, como banqueiro que é, dirigente licenciado do Banco BTG Pactual.

Só que agora seu Jair descobriu que as pesquisas de opinião pública não estão lhe favorecendo. Para os seus apoiadores essas pesquisas são manipuladas. Dizem que às ruas mostram resultado diferentes – falam das manifestações dos que saem vestidos nas camisas da seleção brasileira.

Ok. Cada um com a sua tese. Quem nega as pesquisas também já negou a pandemia do coronavírus e a ciência.

Mas, essa história das pesquisas, assim como a liberdade de Luis Inácio Lula da Silva, livre para ser candidato a Presidente em 2022, fez com que Bolsonaro despertasse para um segmento importante na história do País. Exatamente o do servidor público.

Tanto que agora ele mandou Guedes incluir na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) para 2022 um dispositivo para a  revisão dos salários do funcionalismo público. Na prática, abre o caminho para dar aumento salarial ao pessoal no ano das eleições. A LDO foi enviada ao Congresso na última quinta-feira, 15.

Enfim, as eleições vêm aí. Até lá, ainda há muita confusão à vista.

Com berrantes e bandeiras.