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Na plenária desta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa de Alagoas, os deputados discursaram em apoio ao movimento grevista dos jornalistas alagoanos, que lutam contra a redução do piso salarial da categoria.
A deputada Ângela Garrote (PP) tomou a frente na discussão e 13 deputados foram unânimes em defender o pleito da categoria. Eles consideraram indecente a proposta, feita pelas maiores empresas de comunicação do Estado, de cortar em 40% o piso dos jornalistas.
Na mesma tarde do dia em que a greve foi iniciada, a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, esteve no Parlamento e concedeu entrevista ao programa Frente a Frente, da TV Assembleia e logo em seguida foi recebida pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Victor (Solodariedade).
Em aparte ao pronunciamento de Ângela Garrote, o deputado Davi Maia (DEM) disse que sua posição é totalmente contrária à redução salarial da categoria, considerando-a, além de tudo, ilegal.
“Que se chame os jornalistas, que se desenvolva um novo modelo de jornalismo em Alagoas, mas não podem os três maiores grupos empresariais do Estado querer ditar agora a redução salarial, até porque ela é ilegal. Nenhum juiz do mundo homologaria um acordo desse”. Davi Maia (DEM).
O deputado Francisco Tenório (PMN) observou que o piso salarial dos jornalistas, R$ 3.565,27, já é pequeno e não vê justificativa para querer reduzi-lo em 40%.
“Sem querer interferir na iniciativa privada, nem nos entendimentos entre a categoria e os empresários da comunicação, mas entendemos que o piso salarial do jornalista é pequeno e precisa melhorar, jamais reduzir”. Francisco Tenório (PMN).
O deputado Davi Davino Filho (PP) cumprimentou a todos os parlamentares em nome dos seus assessores de imprensa e demonstrou-se indignado com a proposta apresentada pelas empresas de comunicação.
“Nós não podemos interferir na iniciativa privada, mas claramente podemos demonstrar total apoio aos jornalistas que tanto lutaram para hoje conseguir um salário que lhes dê condições de realizar um trabalho com dignidade”. Davi Davino Filho (PP).
Em defesa da classe jornalística, o deputado Inácio Loiola (PDT) reforçou que não há democracia sem uma imprensa livre e se disse “extremamente solidário aos jornalistas”.
“Precisamos de ponderação entre as empresas de comunicação e os profissionais de jornalismo do nosso Estado”. Inácio Loiola (PDT).
Na visão da deputada Cibele Moura (PSDB), a sociedade é quem sai perdendo com esse embate entre patrões e jornalistas. E lembrou que a greve está sendo realizada de forma pacífica, completamente legítima. “É um absurdo a redução dos 40%. E quem está perdendo com a redução não é o jornalista alagoano, é a democracia”, reforçou Moura.
O deputado Léo Loureiro (PP) disse que não se pode colocar a culpa da crise sobre os trabalhadores da comunicação, que é a parte mais fragilizada nesse processo.
“O que não pode é matar toda uma profissão e jogar à míngua, como se os profissionais não tivessem feito um trabalho digno e relevante para toda sociedade”. Léo Loureiro (PP).
A deputada Flávia Cavalcante (PRTB) parabenizou a deputada Ângela Garrote pela iniciativa em defesa da causa dos jornalistas, a qual considerou justa e os demais colegas de plenário, como o deputado Cabo Bebeto (PSL), lembraram que estão discutindo redução de piso e não o teto salarial.
Os deputados Sílvio Camelo (PV) e Galba Novaes (MDB) são jornalistas e consideram muito difícil a situação da categoria, vendo com tristeza toda a situação pela qual passa os profissionais de imprensa de Alagoas. Dudu Ronalsa foi solidário:
De acordo com o deputado Ricardo Nezinho (MDB) a redução de 40% do salário dos jornalistas é inadmissível, especialmente nesse momento em que se vivencia, através das redes sociais, um grande número difusão de fakenews.
“Isso faz com que haja uma desvalorização da categoria, onde se precisa como nunca do bom jornalismo”. Ricardo Nezinho (MDB).
O deputado Marcelo Beltrão (MDB) se colocou favorável à luta da classe jornalista e pediu que a categoria não abra mão de seus direitos e conquistas. Ele observou que o tema encontra apoio unânime de todos os parlamentares. Finalmente, a deputada Jó Pereira (MDB) se colocou contra a redução do piso salarial dos jornalistas e destacou que uma imprensa livre e forte foi e será sempre um dos pilares da democracia.