Deputados e senadores já distribuíram R$ 21 bilhões de emendas Pix

Curioso é que os defensores do estado mínimo, conservadores e de direita nada falam sobre a dinheirama que desaparece

Criada pelas lideranças do Centrão em 2019, no Congresso Nacional, durante o governo de Jair Bolsonaro, a chamada “emendas Pix” tornou-se a galinha dos ovos de ouro de deputados e senadores no País.

A emenda é enviada individualmente por um parlamentar, diretamente para prefeitos e governadores, sem a necessidade de projeto ou plano para gastar o dinheiro.

Um levantamento feito pelo Estadão diz que os valores da emenda Pix aumentaram mais ainda, após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucional o orçamento secreto.

Na nova remodelagem da emenda Pix, após a ação do ministro do STF, Flávio Dino, bloquear os recursos por total falta de transparência na sua aplicação, os parlamentares passaram a revelar o destino do dinheiro enviado. Apenas isso. Mas não o que foi feito com a grana fácil dos cofres públicos. O dinheiro simplesmente desaparece, em nome dos distribuidores.

Um detalhe chama a atenção no levantamento divulgado em janeiro pelo jornal: deputados e senadores já distribuíram R$ 21 bilhões de emendas Pix e apenas 4% do total teve a devida prestação de contas.

As ações por transparência nos gastos do dinheiro público, empreendidas pelo ministro Flávio Dino estão esbarrando nos interesses dos parlamentares. E neste caso não há um único extremista de direita, conservador, ou coisa parecida, que proteste contra essa dinheirama que se esvai dos cofres públicos. Nem em nome da retórica do “estado mínimo”. Como também não há de esquerda.

Isto é, quando se trata de dinheiro a igualdade é comum aos dois lados.

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