O governo Bolsonaro está rendido ao Centrão, faz tempo.
Rendeu-se ao esquema da corrupção das vacinas, a instituição do orçamento paralelo de mais de R$ 3 bilhões e agora à triplicação do dinheiro do Fundo Partidário, que passou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
Isso mesmo. Os partidos vão ter para gastar nas próximas eleições a bagatela de R$ 5,7 bilhões, liberados pelos cofres públicos. A proposta nasceu dentro do Centrão e o governo, enfraquecido, disse amém.
Ah, além do Centrão capitaneado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo negociador das vacinas e líder do governo Ricardo Barros (PP-PR), os parlamentares mais entusiasmados com a triplicação do dinheiro do fundo partidário foram Flávio e Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis, Carla Zambeli e Osmar Terra, os vorazes bolsonaristas.
Claro que não só eles. Na bancada de Alagoas na Câmara, por exemplo, a maioria esmagadora votou sim à dinheirama do fundo. O único voto contra foi do petista Paulão.
Já no Senado, entre os alagoanos, Rodrigo Cunha também disse não ao reajuste do fundo.
Se olhar direitinho, o senhor Messias, hoje está mais para rainha da Inglaterra do que para Presidente da República. Com o controle do parlamento, o deputado Arthur Lira posa de primeiro ministro com força.
E não apareceu nenhum ministro ou general para chamar os deputados de “vagabundos”, nessa história com dinheiro público. Nem o posto Ipiranga, Paulo Guedes.
Aliás, todos se renderam ao “ou dá ou desce”.
O que não estava descendo mesmo era aquilo que levou seu Jair para o hospital. Somente.
Olha só que merda…