O projeto da terceirização ainda vai gerar muita confusão no Planalto se o bom senso não pontuar entre as lideranças. É notório que há um lobby fortísimo de um mercado ansioso pela aprovação, o qual sabe muito bem como convencer parlamentares a votarem a favor.
Não foi por outra razão que a matéria teve o apoio da esmagadora maioria do Poder.
Mas, o projeto depende e muito da visão da presidente Dilma Rousseff. Principalmente por que tem nas mãos a caneta cheia de tinta para vetar o que considerar que não está de acordo.
E ela já deu uma demonstração clara de como está pensando sobre essa discussão. Dilma sinalizou que pode mesmo vetar o projeto se ele significar em perda de direitos trabalhistas no País.
Os parlamentares mais à esquerda, aliados ao governo, pressionam pelo veto total, mas Dilma entende que nem tudo é ruim no projeto. Dessa maneira tenta abrir um leque para o diálogo com o Congresso, na tentativa de evitar mais uma queda de braço entre Executivo e Legislativo, como vem sendo praxe neste segundo mandato.
Tem-se aí toda uma orientação da articulação política do governo, agora entregue ao vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Esse é um debate que as vozes das ruas deveriam estar travando. Afinal, está em jogo as relações cotidianas do capital e do trabalho, que rigor interessa a toda sociedade.
Mas, como ninguém sentiu o drama no bolso ainda então deixa o barco navegar ao sabor dos interesses de quem tiver mais força nesse caso.
É sempre assim. O brasileiro só se preocupa quando seu interesse imediato foi prejudicado.
Então vamos aguardar.
O trabalhador brasileiro ainda não se deu conta do que estão tramando contra ele, a tercerização nada mais é do que a volta do trabalho escravo. E assim…