O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou hoje (21) que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deu-se por conta do relacionamento rochoso da petista com parlamentares de oposição e defendeu a constitucionalidade do processo, que o levou à Presidência da República em 2016.
“Não houve golpe. Eu quero dizer que a ex-presidente é honesta. Eu sei, e pude acompanhar, que não há nada que possa apodá-la de corrupta. Ela é honestíssima. Mas houve problemas políticos. Ela teve dificuldades no relacionamento com a sociedade e com o Congresso Nacional. Esse conjunto de fatores levou multidões às ruas”,
Na avaliação do emedebista, a queda de um presidente não é iniciativa do Poder Legislativo, mas da população como um todo que, segundo ele, é capaz de influenciar a decisão de deputados federais e senadores.
Temer diz que eventual processo de impeachment contra Jair Bolsonaro (PL) só seria viável com pressão popular, e afirma considerar “natural” que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tente blindar o presidente da República da ofensiva de opositores: “No entanto, Lira deveria logo examinar esses pedidos. Processá-los ou indeferi-los”, diz.