
Na delação que fez a Polícia Federal sobre a articulação para consolidar um golpe no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, declarou que as caixas de dinheiro entregues pelo general Braga Neto aos integrantes do grupo “Kids Pretos” eram de empresários do agronegócios.
O dinheiro entregue por Braga Netto em caixas de vinhos era para custear a operação planejada para matar o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades, incluindo o presidente Lula e o vice-Geraldo Alckmin.
Cid disse à Polícia Federal que presenciou o dinheiro sendo entregue em uma reunião no Palácio do Planalto, com a participação do general Braga Netto e do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira. Disse ainda no depoimento que o próprio Braga Neto afirmou que o dinheiro foi conseguido junto aos empresários do agro.
Agora a PF investiga quais foram os empresários do agronegócios que financiaram a tentativa de golpe no País, a partir do celular do próprio Braga Neto, que foi confiscado durante a operação que o prendeu, neste sábado, 14, no apartamento dele, em Copacabana, no Rio de Janeiro.