A morte de Elenilma Silvestre Souza, filha de dona Pureza, após dias de agonia e dor na cama de um hospital pode até não ter simbologia alguma para as autoridades alagoanas, mas diz tudo sobre a arrogância e o descaso de quem deveria ter a devida preocupação em cuidar e proteger as pessoas.
Neste caso, especificamente, dona Pureza, o gato de estimação e a filha são vítimas da tragédia provocada pela mineradora Braskem, em Maceió.
Traumatizada com a falta de apoio das autoridades, a família moradora do Flexal, viveu a aflição do descaso de autoridades em várias esferas de poder. Assim, deixou a vida para se eternizar na morte. Vidas consumidas por alta dosagem de veneno.
Dona Pureza, o gato de estimação e Elenilma já não estão aqui. Mas, a história fica. Lamentavelmente, uma triste história provocada por um crime, onde a omissão da sociedade, na devida cobrança por responsabilidades, é notória.
Que se reparem as injustiças. Que essa dor tão doída das vítimas da Braskem seja atenuada pela ação responsável das autoridades. E que assim se impeça que outras famílias sigam o caminho do fim de dona Pureza e família.
Que a sociedade não esteja nem aí é triste. Mas, as autoridades têm o dever da reparação.