29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Em coletiva com Guedes, Bolsonaro tenta acalmar mercado e diz que não fará ‘aventura’

Presidente garante que valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil foi decidido com responsabilidade

Após a demissão de secretários da Economia e boatos de que Paulo Guedes poderia deixar o governo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz uma visita fora da agenda nesta sexta-feira (22) ao titular da Economia.

A previsão era que Bolsonaro fosse ao gabinete de Guedes acompanhado da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que lidera a articulação política do governo.

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Ao lado de Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (22) que tem “confiança absoluta” no ministro, e que o governo não fará “nenhuma aventura” com o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família.

“Deixo claro a todos os senhores. Esse valor [R$ 400] decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante a economia”. Jair Bolsonaro, ao lado de Guedes.

A declaração foi dada a jornalistas no auditório do Ministério da Economia. Bolsonaro fez a visita fora da agenda ao titular da pasta, acompanhado da ministra da articulação política, Flávia Arruda, que não participou do pronunciamento.

O encontro ocorreu depois de uma crise gerada pela debandada de secretários de Guedes, motivada pela manobra no teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas federais, para pagar R$ 400 de Auxílio Brasil.

“É uma pessoa que conheci bem antes das eleições, que nós nos entendemos muito bem. Tenho confiança absoluta nele e ele também entende as aflições que o governo passa”. Jair Bolsonaro.

Interlocutores do presidente descartam demissão e dizem que o encontro é um aceno a ministro. A ala política do governo ganhou queda de braço travada nas últimas semanas com a equipe econômica, e o governo propôs uma manobra que altera a fórmula de cálculo para o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas federais.

A medida deve abrir um espaço no Orçamento de 2022 de mais de R$ 80 bilhões. Com isso, o governo Bolsonaro espera pagar o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, de R$ 400, e um auxílio combustível para caminhoneiros.