Um dos menores PIB’s per capta entre as capitais brasileiras (em torno de R$ 15 mil), Maceió gasta, aproximadamente, R$ 55 mil por vereador, sendo R$ 15 mil de salário, R$ 10,5 mil de verba indenizatória e mais R$ 30 mil de verba de gabinete. Para se ter uma ideia, em Vitória (ES), capital com maior PIB per capita do pais (acima de R$ 55 mil), gasta-se menos de R$ 42,5 mil mensais por vereador, sendo R$ 8,3 mil de salário e R$ 34,2 mil de verba de gabinete. Não há verba indenizatória na capital do Espírito Santo.
A inversão de valores na relação entre o PIB e as verbas parlamentares nas câmaras municipais das capitais brasileiras é a mesma observada nas Assembleias Legislativas. O levantamento da organização Transparência Brasil, feito com base nos orçamentos legislativos e 2015, observou que as 13 capitais mais ricas têm um PIB per capta em torno de R$ 35,3 mil por ano – mais que o dobro das 13 mais pobres, que ficam na média de R$ 15,9 mil/ano. No entanto, são as mais pobres as que mais gastam com salários, auxílios e verbas indenizatórias para os seus vereadores. Em média, 16% a mais que as irmãs ricas.
Com o teto limite estalecido em 75% do salário de um deputado estadual, a maioria das câmaras de vereadores das capitais brasileiras fixou em R$ 15 mil o salário de seus vereadores. No entanto, a exemplo do que acontece nos parlamentos estaduais, a disparidade no pagamento das verbas complementares acabam, mais uma vez, fazendo a grande diferença entre uma casa legislativa e outra.
A capital paulista é campeã em gastos com verba de gabinete. Cada vereador dispõe de R$ 130,1 mil para contratação de assessores e serviços.
Fonte: transparencia.org.br