A Central de Tratamento de Resíduos de Maceió (CTR Maceió) disse em nota, emitida nesta terça (1º), ter recebido com surpresa a fiscalização realizada pelo Instituto do Meio Ambiente – IMA/AL, sob a alegação de supostas irregularidades no transporte do efluente e destinação de chorume bruto no Emissário Submarino da CASAL.
Segundo nota da V2 Ambiental, licitada para ser responsável pelo aterro em Maceió, todo o transporte do efluente gerado na CTR Maceió é realizado por empresas que possuem Autorização Ambiental para Transporte emitida pelo próprio IMA
“A empresa noticiada na referida reportagem, conforme documento anexo, de modo que não há qualquer irregularidade nesse sentido”. Trecho da nota.
Confira o restante da nota:
“A CTR Maceió reitera que encaminha para o Emissário Submarino da CASAL apenas efluente que atende aos parâmetros previstos na CONAMA 430/2011, de modo que é leviana a informação de que encaminhou ou encaminha chorume para CASAL.
Importante registrar que a empresa, em conjunto com o IMA, em diversas outras oportunidades, já coletou amostras do efluente, para avaliação laboratorial, nas quais restou demonstrada a excelência na operação da CTR Maceió.
Ressalta, ainda, que especialistas da UFAL já atestaram, mediante relatório técnico, que a destinação do efluente no Emissário Submarino da CASAL não causa dano ao meio ambiente.
Portanto, a CTR Maceió reitera que atende todas as normas e legislações aplicáveis, bem como faz uso das mais avançadas tecnologias para o tratamento de resíduos e opera em conformidade com todos os requisitos do Contrato de Concessão”.
IMA e vereador delegado Fabio Costa
Acompanhados do delegado Fabio Costa, agentes do Instituto do Meia Ambiente (IMA) flagraram o despejo de chorume no emissário submarino nesta terça-feira, em Maceió. A ação foi classificada como um gravíssimo crime ambiental.
O vereador Delegado Fábio Costa estava acompanhado de sua equipe na ação, que observou o recolhimento do Chorume através do drone e acompanhou a movimentação do caminhão. O veículo se deslocou para o Emissário Submarino, na praia do Sobral, onde despejou todo o chorume recolhido no oceano.
“Uma empresa que possui um contrato milionário com a prefeitura acaba cometendo esses graves crimes ambientais. Nós acompanhamos durante um tempo durante alguns dias. Na verdade por alguns meses toda essa movimentação dessas empresas que transportam esse material fizemos imagens aéreas de drone nos flagrantes de onde eles retiraram esse material”. Vereador Delegado Fábio Costa.
Ontem, o vereador afirmou que a denúncia seria formalizada para ser entregue ao Ministério Público Estadual Federal. Da mesma forma, será feita uma denúncia formal à Prefeitura de Maceió para que a empresa, que está administrando o aterro, possa ser responsabilizada por esses graves crimes ambientais.