29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Em novo recorde de desemprego no país, Alagoas tem a terceira maior taxa

Estado também se destaca com a maior taxa de subutilização da força de trabalho e de pessoas desalentadas

O Brasil bateu um novo recorde em taxa de desemprego no trimestre encerrado no mês de setembro. O resultado da nova Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnad-C), apresentado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta índice de 14,6% de desocupação no terceiro trimestre de 2020. É o mais alto da série histórica iniciada em 2012. E Alagoas é o terceiro estado no ranking das maiores taxas, com 20%. Bem acima da média nacional, atrás apenas da Bahia, que lidera com 20,7%, e Sergipe, com 20,3%.

 

Os números mostram que em 14 unidades da Federação, a taxa de desemprego ficou acima da média nacional e as outras 13 abaixo. As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%), Paraná (10,2%) e Rio Grande do Sul (10,3%).

A população desocupada representa 14,1 milhões de pessoas, 10,2% (1,3 milhão de pessoas) a mais que o segundo semestre de 2020 e 12,6% (1,6 milhão de pessoas) a mais que o mesmo trimestre de 2019.

No topo do ranking

Tem pelo menos mais dois pontos que Alagoas se destaca em números negativos. Na taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada), aparece em primeiro lugar, com 49,3%, seguido por Maranhão (47,1%), Sergipe (46,3%) e Bahia e Piauí, empatados com 45,9%.

Os números repetem a participação dos estados nordestinos puxando as taxas mais altas em relação à desocupação e subutilização de mão de obra. Os únicos estados em que a taxa de subutilização ficou abaixo de 20% foram Santa Catarina (12,7%) e Mato Grosso (18,7%).

Outro recorde

O aumento da população desalentada (5,9 milhões) também bate recorde da série, com 5,7% – uma alta de 3,2% (mais 183 mil pessoas) em relação trimestre anterior e de 24,7% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2019.

E também nesse item, Alagoas que no ano passado ocupava o segundo lugar entre as taxas mais altas, agora lidera o ranking, com 21,6%, seguida pelo estado do Maranhão, com 20,8%. O estado de Santa Catarina e o Distrito Federal apresentam as menores taxas.

Os desalentados, segundo o IBGE, são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuraram trabalho por acharem que não vão encontrar; que não conseguiriam trabalho adequado, que seriam considerados muito jovens ou idosos, pelo mercado, ou por não terem experiência profissional ou qualificação.