O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos recomendou, por unanimidade, a aplicação da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Com o aval, a campanha para este público, estimado em 28 milhões de pessoas nos EUA, a imunização deste público já pode começar.
“A vacinação, junto a outras medidas preventivas, pode proteger as crianças da covid-19. Semelhante ao que foi visto em estudos para adultos, a vacinação apresentou eficácia de quase 91% na prevenção da covid-19 entre crianças de 5 a 11 anos”. Trecho de nota do CDC.
As crianças também devem receber duas doses da vacina, respeitando um intervalo mínimo de três semanas (21 dias). A única diferença é que a dose para este público será equivalente a um terço daquela aplicada em adolescentes e adultos.
“A vacinação de crianças ajudará a protegê-las da covid-19, reduzindo o risco de doenças graves, hospitalizações ou complicações de longo prazo causadas pela covid-19. Vacinar seus filhos pode ajudar a protegê-los contra a covid-19, bem como reduzir as interrupções no aprendizado e nas atividades pessoais, ajudando a conter a transmissão [do vírus] na comunidade”. Trecho de nota do CDC.
Anvisa ameaçada
Com triste contraste, no Brasil diretores da Anvisa relataram ter recebido e-mails com ameaças de morte em caso de aprovação da vacina contra covid-19 para crianças. Também foram alvos de intimidações algumas instituições escolares do Paraná, segundo nota divulgada na sexta (29) pela agência brasileira.
Nos EUA, assim como no Brasil, apenas maiores de idade (com qualquer imunizante disponível) e adolescentes de 12 a 17 anos (com o da Pfizer) podem ser vacinados contra a covid-19 — ao menos até agora. Na última sexta-feira (29), porém, a FDA, agência regulatória equivalente à brasileira Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprovou o início da vacinação de crianças de 5 e 11 anos.