Está tudo aí para quem quiser ver.
Anos atrás apareceram os tresloucados no País defendendo que todos os brasileiros deveriam andar armados. De preferência com licença para matar quem bem quisesse.
O culto tinha lastro na tese do “povo armado jamais será escravizado”. A reverberação da barbárie tinha um caldo político de radicalização à direita, mas também de interesses de capitalização, de determinados personagens, com a venda de armas indiscriminadas no País. A indústria das armas é sedutora na hora de pagar propinas generosas aos seus defensores no meio político pelo mundo afora. No Brasil não é diferente.
Depois de todo um contexto de radicalização e idiotias extremadas, no governo passado, ficou o caldo da “cultura” do ódio as pessoas e ao estado democrático de direito. Uma espécie de retorno à idade média.
Foi assim que veio o 8 de janeiro de 2023 e, antes, a tentativa de explosão de um carro tanque com combustível, na área do aeroporto de Brasília. Foi a instalação do terror à época. Lamentavelmente, o terror é cada vez mais ameaçador da paz, da ordem e da vida das pessoas, embora com inúmeras tentativas de políticos de minimizar tamanha aberração no País.
O episódio de terrorismo com bombas e a morte de um terrorista, nesta quarta-feira, 13, em Brasília, mostra tão somente que a democracia brasileira continua sendo atacada, com a motivação desse contexto da intolerância estabelecida na vida brasileira após os estímulos recebidos de lideranças políticas que chegaram ao poder, anteriormente, sob o lastro de uma concepção política de direita e extrema direita.
A própria ex-esposa do terrorista-bolsonarista de Santa Catarina, responsável pelo atentado, disse à Polícia Federal que o homem, de 59 anos, tinha como meta matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. E por que tudo isso?
Enfim, ou as instituições dão respostas concretas, na forma da lei, ou a tendência será disso para pior.
Pois, está tudo aí.