20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Ex-funcionários da OAM reagirão à perversidade de Collor e Bolsonaro

A aliança de Collor e Bolsonaro pode dar em coisa boa? Lógico que não.

Quando presidente, Collor destruiu vidas, famílias e levou muitos brasileiros ao suicídio com o histórico confisco da poupança. Bolsonaro é esse troço aí que as pessoas normais vão derrotar nas urnas em outubro.

O alvo destes dois sádicos, agora, são os funcionários demitidos das “Gazetas”, em recuperação judicial, que estão prestes a tomarem um calote durante a assembleia dos credores marcada para esta quarta-feira, 12.

O contribuinte já tomou prejuízo com o “perdão” de 70% das dívidas da empresa junto ao BNDES. Nesta assembleia, chegou a vez deles maltratarem os trabalhadores, tentando feri-los em sua dignidade.

Leia esta cláusula do aditamento anexado ao projeto de RJ:

Reprodução

Isso mesmo! Tendo um, cinco, dez ou trinta anos de empresa, a proposta é pagar até dez salários mínimos para cada credor trabalhista, em até 12 parcelas. É uma perversidade sem tamanho!

Imagina ter contribuído esse tempo todo com o FGTS, por exemplo, e ver seus recursos se esfarelarem de maneira covarde. Sim, porque o voto do BNDES teria o peso de barrar este plano esdrúxulo e garantir o respeito aos homens e mulheres que dedicaram anos de suas vidas às empresas de Collor.

Agora, a coisa ficou difícil. A instituição federal já sinalizou que está fechada com a proposta do candidato ao governo de Alagoas de Bolsonaro.

A Organização Arnon de Mello (OAM) também conta com os votos dos trabalhadores que receberam 80% da metade ao que tinham direito, com a promessa de que receberiam os outros 20% caso dessem procuração para os advogados gazeteanos votarem por eles na assembleia. Acordos estes que tiveram a permissão do Judiciário alagoano.

Com isso, um único advogado tem mais de 100 votos para assegurar a aprovação do plano perverso.

Esta é a terceira e última fase da assembleia de credores. As duas últimas foram adiadas porque as Gazetas prometeram aperfeiçoar o plano e apresentar uma proposta melhor. Mentem que nem sentem. Querem jogar nas costas do trabalhador a conta de uma gestão incompetente e inconsequente.

Na iminência de tomarem um calote, os trabalhadores seguem mobilizados. Mesmo aprovado, este plano será alvo de contestações em todas as instâncias possíveis.

O nível de maldade de Collor é imensurável. Mas, um dia, a justiça será feita.