O ex-ministro da Secretaria Geral do governo Bolsonaro, Gustavo Bebianno, faleceu na madrugada deste sábado (14). Ele teve um enfarte fulminante em sua casa de campo, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Ele era casado com a também advogada Renata Bebianno e deixa dois filhos.
Bebianno estava em seu sítio em Teresópolis junto com um caseiro e um de seus filhos. Por volta de 4h30, ele comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para se medicar. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça. Bebianno foi levado para uma unidade hospital da cidade, mas não resistiu.
Formado em Direito pela PUC-Rio, Bebianno é neto do ex-presidente do Botafogo, Adhemar Bebianno e ingressou na carreira jurídica por meio de um estágio no escritório de Sérgio Bermudes. Ele era pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. E foi o presidente PSDB Nacional do partido que comunicou sua morte.
Um dos amigos mais próximos de Gustavo Bebianno, “irmão” com quem planejava mergulhar na disputa pela prefeitura do Rio neste ano, o empresário Paulo Marinho, em contato com a revista Veja, disse que o ex-ministro de Jair Bolsonaro “morreu de tristeza por tudo que ele passou”.
“A cidade do Rio perdeu um candidato que iria enriquecer o debate eleitoral, e eu perdi um irmão. O Gustavo morreu de tristeza por tudo que ele passou. Agora é hora de confortar a esposa, os filhos e os amigos“. Paulo Marinho, presidente do PSDB.
Bebianno foi o primeiro ministro a ser demitido no novo governo, em fevereiro do ano passado. A sua saída da Secretaria-Geral da Presidência aconteceu em meio a uma crise com suspeitas de candidaturas laranjas no PSL, que era então partido do presidente, e agravou-se após episódios de desentendimentos com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Em dezembro, o ex-ministro se filiou ao PSDB do Rio de Janeiro, em um evento que contou com a presença do governador de São Paulo, João Doria, que deve se colocar como opção em uma eventual disputa com Bolsonaro para a presidência em 2022 e já tem travado intensos debates com o presidente.
Roda Viva
Em uma de suas últimas grandes aparições públicas, o Bebianno concedeu uma entrevista ao “Roda Viva”, da TV Cultura, no início de março, deu diversas opiniões sobre o governo Bolsonaro e algumas das figuras no entorno do presidente.
Na oportunidade, culpou Carlos pela falha de segurança no dia que o presidente foi esfaqueado, acredita que o atual governo gosta do caos e enxergava um perito à instituição do cargo na continuidade de Bolsonaro.