O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, abriu prazo de 15 dias para que entidades como a PF (Polícia Federal) e as Forças Armadas se inscrevam para participar do processo de fiscalização das urnas eletrônicas.
A medida ocorre depois de o ministro da Justiça, Anderson Torres, aventar a “possibilidade” de a corporação desenvolver “programas próprios de verificação” de votos.
Leia mais: Ministro da Defesa comunica ao TSE que indicará militares para fiscalizar votação
Até as últimas eleições, a corporação usava os sistemas do TSE para acompanhar a etapa de auditoria.
Ao mesmo tempo o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem proposto que as Forças Armadas atuem no processo eleitoral fazendo uma espécie de dupla checagem da apuração realizada pelo TSE.
Essa medida de Fachin visa apaziguar as relações com Bolsonaro, que tem protagonizado embates públicos com integrantes das cortes superiores.
O presidente da República, em ato político realizado em apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) no fim de abril, afirmou que haveria uma “sala secreta” em que se centraliza a apuração dos votos —alegação desmentida pela Corte Eleitoral.