Logo após o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazer uma apresentação mentirosa para embaixadores com uma série de ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, rebateu as acusações feitas pelo presidente e chamou o episódio desta segunda-feira de “encenação”.
Sem citar o nome de Bolsonaro, mas em um discurso bastante duro, que durou cerca de 40 minutos, Fachin disse que é preciso dar um ‘basta à desinformação e ao populismo autoritário”.
O presidente do TSE classificou a apresentação do presidente, que divulgou informações sobre um suposto ataque hacker às urnas, como uma tentativa de “sequestrar a ação comunicativa e sequestrar a opinião pública e a estabilidade política”.
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Segundo o presidente do TSE, no caminho rumo às eleições de outubro criam-se “encenações interligadas” como “o país está a assistir”, em referência ao evento de Bolsonaro, que foi transmitido em cadeia nacional.
Fachin rebateu todas essas afirmações e disse ser grave “o envolvimento da política internacional e também das Forças Armadas” em acusações de fraude.
“Mais uma vez a justiça eleitoral e seus representantes máximos estão sendo atacados, com acusações que não têm fundamento. Mais grave ainda é envolver a política internacional e também as Forças Armadas nessa contaminação. Forças Armadas, cujo papel relevante, são forças do estado e não do governo. É hora de dizer basta a desinformação e hora também de dizer basta ao populismo autoritário”.