O mercado no setor de serviços decidiu se revoltar com a operadora Ifood, em São Paulo. A própria Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo(Fhoresp) passou a liderar uma campanha para que os estabelecimentos façam boicote ao iFood.
O argumento é que “taxas excessivas” praticadas pela plataforma de entregas, além da forma de credenciamento de bares e restaurantes não se alinham as necessidades do setor.
A iniciativa da Federação ganhou força após o anúncio da Rappi e o retorno da 99Food ao mercado brasileiro, ambos com ofertas de isenção de tarifas para hotéis, bares e restaurantes.
A Rappi anunciou a isenção total de tarifas para novos e atuais parceiros pelos próximos três anos. Em abril, a 99Food havia comunicado estratégia semelhante, oferecendo isenção por dois anos.
Para a Federação dos hoteleiros, que representa cerca de 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a entrada das concorrentes representa uma oportunidade para restaurar o equilíbrio nas relações comerciais entre as plataformas e os estabelecimentos do setor de alimentação.
O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, declarou que “tentamos, ao longo dos últimos anos, negociar, de todas as formas, com o iFood. Porém, ela é inflexível. As taxas excessivas que pratica, inclusive, fazem com que, praticamente, os restaurantes trabalhem para ela”.