Relatórios da Polícia Federal (PF) apontam suspeitas de operações financeiras, na ordem de R$ 14 milhões, foram feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a partir de um escritório de advocacia que ele tem em sociedade com a mãe.
As operações foram feitas durante o período em que Salles exerce cargo no primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os documentos que apontam as suspeitas fazem parte da Operação Akuanduba, deflagrada na última quarta-feira,19, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os relatórios foram elaborados com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e, segundo a PF, apontam um “conteúdo bastante interessante”.
“Operações suspeitas foram realizadas nos últimos dois anos, por intermédio do escritório de advocacia em que o ministro Ricardo Salles é sócio com sua genitora”, diz trecho do documento.
“Obviamente a obtenção dos respectivos anexos e dados mais completos dependerá da autorização judicial emitida por esse STF, mas cremos que a confirmação da simples existência de operações suspeitas a cargo do ministro Salles, no mesmo período dos fatos em apuração, com os demais elementos, permitem que sejam apreciados os pedidos”, prossegue a PF.
À Folha, Salles afirmou, em nota, que “não há como se defender de algo que não conhece”.