Bastou a Polícia Federal levantar a ponta do tapete do gabinete do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para ele sumir da vista de todos.
A sujeira foi logo percebida pelo delegado Franco Perazzoni, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros
Antes, arrogante e prepotente, o ministro vivia anunciando agendas nas redes sociais e se apresentando como o todo poderoso rei da devastação ambiental no País.
Mas, o corajoso de antes revelou-se o covarde de agora. Simplesmente tomou chá de sumiço.
E não era para para menos. Afinal, a Polícia Federal tem contra ele um rosário de provas da corrupção no cargo de ministro, incluindo a movimentação de R$ 1,7 milhão, sem comprovação, após assumir o ministério.
Salles é conhecido da justiça paulista como um agenciador dos interesses de madeireiros e foi processado por isso durante o governo do tucano Geraldo Alckmin. O viéis da corrupção o domina.
Mas, no Palácio do Planalto há um silêncio quase sepulcral. Ninguém fala nada. E olha que só levantaram a ponta do tapete.
A única manifestação do chefe do Executivo foi contra os “xiitas ambientais” do Ministério Público. Imagine se o MP fosse tudo isso mesmo. Deixou de sê-lo faz é tempo.
Agora, segundo a Polícia Federal, a situação que envolve Ricardo Salles é de grave esquema criminoso de caráter transnacional.
Diz a PF: –Esta empreitada criminosa não apenas realiza o patrocínio do interesse privado de madeireiros e exportadores em prejuízo do interesse público mas, também, tem criado sérios obstáculos à ação fiscalizatória do Poder Público no trato das questões ambientais com inegáveis prejuízos a toda a sociedade.
E quando sacudirem o tapete…