Futebol de hoje é como igreja evangélica neopentecostal. Engana os tolos. Por trás de tudo está uma rede de oportunista que visa, tão somente, encher a própria bolsa e não apenas com a fé.
No futebol, sobretudo, há uma implacável legião de falaciosos e estrategistas do mercado financeiro que lavam dinheiro de toda ordem. Não há anjos, nem santos.
O futebol, como a religião em estágio desvirtuado, tornou-se um ópio para seguidores e torcedores.
A desclassificação da Seleção Brasileira para o Uruguai, na Copa América, nos Estados Unidos, não é o fim do mundo. É apenas o cumprimento de um roteiro oposto ao jogo sincero, qualificado.
Hoje, tudo é motivado pela adrenalina de um conjunto de mercenários.
No cenário atual estão todos pensando apenas no estrelismo, graças a uma máfia que promove a cortina de fumaça dos bastidores, nada republicanos, longe dos microfones e câmeras de uma crônica esportiva, muitas vezes, omissa e conivente com as tramas e falcatruas do meio.
Culpar Dorival Júnior pela derrota da seleção na Copa América é valorizar a idiossincrasia intrínseca.
Não esqueça que a traquinagem do futebol brasileiro passa pela CBF e suas preferências. Basta dizer que em 2023, o superávit da Confederação Brasileira do Futebol foi superior a R$ 238 milhões…
Gostar do futebol arte, cadenciado ou eletrizante, impulsivo e ser vibrante a cada gol conquistado pelo time do coração faz bem à energia do ser. Mas, entregar-se ao engodo do futebol brasileiro de então é coisa de otário.
Tento não ser desde os 7 a 1 para Alemanha, aqui no Brasil, há 10 anos atrás. E não vejo jogo da canarinha, desde então. E sem chororô.
Até por que, alguns dos meus heróis do futebol já morreram de ostracismo, em overdose.