24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Gambito da Rainha: Sefaz é alvo de mandados de busca e apreensão

Operação desencadeada na quarta-feira combate acusados de causar prejuízo de R$ 30 milhões em Alagoas

A sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz) foi alvo de mandados de busca e apreensão, cumpridas pelas polícias Civil e Militar, na manhã desta sexta (4).

A ação faz parte da operação “Gambito da Rainha”, deflagrada na quarta (2), pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL), contra oito pessoas, entre empresários e contadores, todos acusados de uma série de crimes, dentre eles, fraude societária e lavagem de bens.

As investigações apontam um desvio de mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos. Ao contrário do que houve na quarta, delegado Everton Gonçalves, que coordena a ação nesta sexta, diz que não poderia falar a quantidade de mandados e o material apreendido.

Gambito da rainha

O nome da operação é uma alusão a abertura que o enxadrista faz com o propósito de sacrificar o peão da rainha para obter vantagem e ganhar o jogo.

Ela foi realizada em Alagoas e Pernambuco e prendeu quatro pessoas na quarta. Entre os presos estão empresários e contadores, todos acusados de falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos.

Os alvos da operação são pessoas físicas e jurídicas ligadas, direta ou indiretamente, ao conglomerado de empresas de “Eliane da Globo”, que funciona em União dos Palmares, município localizado no interior alagoano.

Todos os presos são acusados de envolvimento nos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos. Dentre esses agentes públicos envolvidos, dois são auditores-fiscais e foram afastados do cargo.

Foi também decretado, judicialmente, o bloqueio de bens imóveis e móveis dos acusados. A organização criminosa, que operava somente em Alagoas, era integrada por empresários, “testas-de-ferro”, “laranjas”, contadores e auditores-fiscais.