O general Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, disse a um grupo de empresários que “sem a auditoria nos votos defendida pelo Presidente não tem eleição no Brasil”.
A fala golpista do militar que é pré-candidato a vice na chapa de Bolsonaro foi feita na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, diante de 40 empresários, segundo noticiou a colunista Bela Mengale, em O Globo.
De acordo com a informação, a manifestação do general causou constrangimento na plateia que foi selecionada a dedo pela Fierj, que havia convocado o encontro para a apresentação de pleitos do Rio ao “assessor especial da presidência da República”.
Longe da imprensa e frente a uma audiência em tese simpática, Braga Netto se soltou e repetiu a narrativa infundada de Bolsonaro sobre a segurança da urna eletrônica – ao contrário do que diz o presidente, os votos no Brasil são auditáveis.
Braga Netto recebeu de estrategistas de Bolsonaro a missão de ajudar na arrecadação de recursos para a campanha. A previsão da cúpula é que ele viaje pelos Estados arrecadando recursos de doadores.
Exonerado
Netto já foi exonerado da assessoria da Presidência. Para ser candidato, ele precisa se desincompatibilizar de cargos públicos. A saída está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.
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Em seu lugar, assume um nome conhecido nos corredores no Palácio do Planalto: José Vicente Santini, que chegou a ser demitido por usar um avião da Força Aérea Brasileira para ir à Suíça e à Índia em 2020 quando era secretário-executivo da Casa Civil na gestão de Onyx Lorenzoni.