O jogo bruto do governo, nesta quarta-feira, 3, para a aprovar a PEC do calote nos professores é muito forte.
Tanto que agora o Planalto está ameaçando não liberar as emendas impositivas dos parlamentares que votarem contra a PEC.
É exatamente essa informação que o presidente da Câmara, Arthur Lira, vai apresentar aos líderes da oposição, cujas bancadas estão contra a PEC dos Precatórios.
As emendas parlamentares impositivas foram criadas por lei em 2015. A lei obriga o governo a liberar a execução de emendas parlamentares até o limite de 1,2% da receita corrente líquida. Sendo que metade do valor dessas emendas deve ser aplicada na área de saúde.
No ato da aprovação da lei, o presidente da Câmara era o deputado Eduardo Cunha (DEM-RJ). O processo foi feito no auge das mobilizações do congresso contra a presidente Dilma Rousseff.
Agora, o presidente Arthur Lira vai dizer aos parlamentares que nem as emendas impositivas, previstas na lei, eles terão se não votarem a favor da proposta de Jair Bolsonaro.
Já os parlamentares aliados terão, além das impositivas, todas as benesses do orçamento secreto, controlado pelo próprio Lira, na ordem de R$ 16 bilhões.
Enfim, esse é o verdadeiro poder da força da grana que ergue e destrói.