O governo Bolsonaro abandonou todas as ferramentas legais para o combate a exploração do trabalho infantil no País. Por determinação do Presidente da República a verba destinada para esse fim sofreu uma redução de 95%.
Em 2019, o governo tinha à disposição R$ 6,7 milhões para as estratégias de combate ao trabalho infantil que prolifera no País. Em 2020, Bolsonaro reduziu para R$ 331 mil. Em 2021 cortou mais ainda. Ou seja, o orçamento foi de apenas R$ 310 mil.
Enquanto isso, o orçamento secreto liberado para deputados e senadores segue fazendo a farra dos aliados do governo, em meio a uma série de denúncias de compras superfatradas e de cobranças de propina por pastores e pagãos. Até mesmo propina em ouro.
Em tempo: os dados sobre o descaso com o combate ao trabalho infantil foram divulgados pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc – que atua com um corpo técnico de facilitadores, colaborando para simplificar o entendimento do orçamento público pela população. O Inesc está situado em Brasília.
O trabalho infantil, segundo o Papa Francisco, “é a exploração das crianças nos processos de produção da economia globalizada para o lucro e ganho de outros. É a negação do direito das crianças à saúde, à educação e ao crescimento harmonioso, incluindo a possibilidade de brincar e sonhar. É roubar das crianças o seu futuro e, portanto, a própria humanidade”.
Enfim, diz o papa, trata-se “de uma violação à dignidade humana”.