Cerca de 11 categorias do Governo Federal aderiram à greve dos servidores, entre eles, os que prestam serviços para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O início desta mobilização às vésperas do calendário da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas gera certa preocupação quanto à possibilidade de haver atrasos nos pagamentos.
Os médicos peritos estão em greve há mais de uma semana. Isso deve dificultar a concessão de benefício previdenciário, como auxílio-doença e Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) para pessoas de baixa renda com deficiência, por exemplo.
Vale ressalta que além dos médicos peritos, os servidores do INSS também estão em greve. No meio das paralisações está o segurado que, além de amargar pelo menos um mês para conseguir atendimento, tem que se deslocar longas distâncias e ainda corre o risco de “dar de cara na porta”.
Nos postos, o trabalhador é orientado a reagendar novo atendimento.
Mas a marcação do atendimento em postos disponíveis está sendo feita em locais muito distantes da residência dos segurados. Isso ocorre porque somente 30% da categoria permanece trabalhando, segundo a informações da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), e cada médico atende 12 pessoas por dia, o que não dá conta da demanda.
INSS e a Secretaria de Previdência e Trabalho não informam quantos atendimentos deixaram de ser feitos nesse período e como será resolvida a questão dos agendamentos para os segurados. Fato é que essa situação pode se prolongar mais ainda: apesar da pressão, o governo não se dispõe a negociar.
Reivindicações de servidores
Entre as reivindicações dos peritos está a recomposição salarial de 19,99%, relativa às perdas com a inflação de 2019 a 2022; a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária para os médicos peritos; e a realização imediata de concurso público para o preenchimento de três mil vagas.
Atualmente, existem 3.411 médicos peritos no Brasil. Desse total, 2.853 estão em atendimento em todo o país, segundo a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP).
Assim como os demais funcionários públicos, os servidores do INSS também reivindicam recomposição salarial de 19,99%, concurso público, condições de trabalho e valorização da carreira do Seguro Social, entre outros pontos.
Remarcação
O INSS tem orientado os beneficiários a remarcarem exames periciais e serviços, no caso de o posto estar inoperante por conta da greve. Em nota, o órgão explica que o agendamento pode ser feito pelo site ou pelo aplicativo Meu INSS ou ainda pelo telefone 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.
Para agendamento via site ou aplicativo, o segurado vai precisar criar login e senha na plataforma Gov.br, o Meu INSS está inserido nesse ambiente virtual.
Como marcar pelo Meu INSS
1 – Acesse o site ou o aplicativo meu.inss.gov.br
2 – Informe CPF e senha
3 – Clique em serviços
4 – Na aba “Benefícios”, clique em “Auxílio-doença”
5 – Clique em “Perícia” e depois escolha “Remarcar perícia”
6 – Informe o número de documento
7 – Acesse “Reagendar atendimento”
8 – Anote as orientações ou faça um print da tela
Agendamento pela Central 135
1 – Disque 135
2 – Em seguida digite seu CPF ou da pessoa para a qual será feito o reagendamento
3 – O sistema informará um número do protocolo. Anote
4 – Logo depois disque 0 para falar com atendente
5 – Em seguida, um funcionário atenderá o telefone
6 – Informe que quer remarcar a perícia
7 – Anote todas as informações que forem passadas
8 – A central funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h