O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou de última hora, na noite desta terça-feira (9), sua audiência de hoje na Câmara dos Deputados com depoimento sobre os recursos que mantém depositados em paraísos fiscais.
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Com mais de US$ 9,5 milhões (R$ 52 milhões ao câmbio atual) aplicados nas Ilhas Virgens Britânicas, apareceram, em outubro, no conjunto de 12 milhões de documentos vazados que formaram os “Pandora Papers”.
Há ainda um convite da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, para que Guedes e também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que também apareceu com contas em offshore nos “Pandora Papers”, fossem ouvidos.
A convocação na Câmara foi feita para que ele explicasse a manutenção desses recursos aplicados em uma conta offshore mesmo depois de assumir o ministério da Economia.
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A convocação da Câmara não pode ser recusada, diferentemente do caso do Senado, que se tratou de um convite. Os motivos são os mesmos – obter explicações sobre recursos mantidos por Guedes e Campos Neto em paraísos fiscais.
Até lá, o ministro deve alegar que suas aplicações foram informadas à Receita Federal, o que já repetiu inúmeras vezes. Insistirá também na afirmação de que deixou de ser administrador dos fundos antes de assumir o cargo no governo Bolsonaro. Insistirá ainda, como tem feito, não ter feito aportes de recursos desde que chegou ao governo.