O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o cumprimento da promessa de isentar o Imposto de Renda dos brasileiros que recebem até R$ 5.000 corrige um erro do sistema tributário nacional que prejudica os mais pobres.
O ministro da Fazenda foi convidado para responder a perguntas dos parlamentares em audiência públicaapós a insatisfação com o anúncio de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sem conversas com o Congresso e o BC (Banco Central).
Haddad recordou que a medida apresentada cumpre uma promessa de campanha do presidente Lula para impedir a penalização dos mais pobres. “A alíquota efetiva média [de Imposto de Renda] de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano é 2,5%. Tem alguma coisa muito errada com o Brasil”, observou.
“Durante um ano, a equipe da Fazenda se dedicou ao tema do Imposto de Renda e encontrou uma fórmula elogiada por muitas pessoas sensatas, de boa formação, que entenderam que a criação de uma alíquota mínima de Imposto de Renda”.
Reforma só atinge o morador da cobertura’, reafirmou o ministro. Haddad garantiu que as mudanças “não perseguem ninguém” e garantem uma maior justiça social. “Como é que você cobra o condomínio do zelador, que às vezes mora ali no prédio, e não de quem mora na cobertura?”, questionou Haddad.
A isenção deve beneficiar 15 milhões de brasileiros, disse Haddad. O cálculo do ministro considera 10 milhões que ganham até R$ 5 mil mensais e outros 5 milhões que recebem entre R$ 5.000 e R$ 7.000, que terão as alíquotas reduzidas. “Até o momento, eu não consegui enxergar uma proposta que fosse melhor que essa”, avaliou.