13 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Haddad estreia em debates na TV como alvo dos demais candidatos

Evento foi promovido nesta quinta-feira pela TV Aparecida e CNBB

O candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, exaltou os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ouviu críticas de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) em seu primeiro debate nesta campanha.

O evento foi promovido nesta quinta-feira (20) pela TV Aparecida e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Como o alvo das perguntas era escolhido pelo sorteio, os candidatos aproveitaram as oportunidades disponíveis para antagonizar com rivais. Foi o que fez Alckmin quando teve que responder uma pergunta de Haddad sobre o apoio do PSDB ao governo de Michel Temer (MDB).

O tucano defendeu a reforma trabalhista e aproveitou para tentar se colocar como o principal candidato anti-PT. Culpou o partido pelo desemprego no país, afirmou que o PT quebrou o país e que a legenda escolheu Temer para ser vice de Dilma.

De todos os lados

Ciro Gomes perguntou ao adversário porque o povo deveria acreditar na reforma tributária proposta pelo PT, que não a fez enquanto esteve no poder. “Lula fez uma das maiores reformas tributárias às avessas no país, que foi colocar o pobre no orçamento”, respondeu Haddad, citando uma série de programas sociais petistas.

Alvaro Dias fez o ataque mais duro a Haddad, a quem chamou de ‘porta-voz da tragédia” e “arauto da intolerância”. O petista disse que o candidato do Podemos desconhecia a “realidade brasileira”. Meirelles também criticou o PT, dizendo que a atual crise econômica “foi criada pelo Governo da Dilma e “construída pela aplicação do programa do PT”.

Bolsonaro

Bolsonaro não foi alvo dos adversários, sendo citado nominalmente apenas por Marina Silva (Rede) e Meirelles. Marina e Meirelles fizeram críticas a Bolsonaro por meio de Paulo Guedes, guru econômico do candidato do PSL, que segundo notícia da “Folha de S. Paulo” quer criar um imposto nos moldes da antiga CPMF.

Bolsonaro desmentiu publicamente a ideia, e a divergência foi explorada por Marina, que se disse contra a volta do tributo. Meirelles foi ainda mais incisivo. “A CPMF é um exemplo do que não pode ser feito, é um exemplo do resultado de alguém que não tem preparo para administrar o país, e principalmente que não tem preparo em economia”, afirmou.

O debate completo pode ser acompanhado aqui: