19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Horror: Bolsonarista invade festa de aniversário, grita mito e mata aniversariante

Paulão diz que essa “má conduta criminosa” é até estimulada pelo discurso belicoso do atual presidente

Petista aniversariante foi mortor a bala em sua própria festa por bolsonarista

O Brasil está mergulhando no cenário do horror. E não há exagero em se dizer que o horror faz o caminho rapidamente, quando pessoas são mortas por conta do ódio e da irracionalidade de gente presa em bolhas da ignorância.

Não foi por outra razão que um cidadão bolsonarista invadiu aos gritos e armado uma festa de aniversário, neste sábado, 9, matou o aniversariante e ameaçou matar os 40 convidados que estavam no evento.

O caso aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná. O assasino foi identificado como agente penitenciário federal, Jorge José da Rocha Guaranho. A vítima foi o guarda municipal Marcelo Arruda, militante do Partido dos Trabalhadores.

Arruda comemorava seus 50 anos e organizou a festa de aniversário temática  do PT e do Lula, em um salão de eventos. O agente penitenciário chegou ao local xingando os participantes e gritando “mito, mito”. Resultado: disparou 3 tiros no aniversariante.

A vítima deixou esposa, 4 filhos, entre eles uma menina de 6 anos e um bebê de 1 mês.

O episódio de Foz do Iguaçu só mostra o clima de intolerância política que vem numa escalada crescente no país desde 2018, quando um professor foi morto em Salvador (BA) após ter declarado que votou no PT nas eleições presidenciais.

Mas, muito mais do que isso: Mostra também que as pessoas estão doentes, desrespeitosas e avessas ao diálogo necessário  em tempos dificeis.

Há os que naturalizam e banalizam tudo isso, qualificando os fatos como exagero. Mas a realidade tem mostrado o que de fato se apresenta na atualidade.

Solidariedade versus a má conduta

O Partido dos Trabalhadores e vários parlamentares da bancada federal manifestaram solidariedade diante do episódio criminoso, que chocou grande parte da cidade paranaense.

Em Maceió, o deputado federal Paulão disse que o guarda Marcelo Arruda era dirigente do PT no Paraná e que havia sido candidato a vice-prefeito da cidade.

Disse o deputado alagoano que os fatos  e agressões motivadas por intolerância e ódio no País estão se agravando e merecem o olhar atento das autoridades, das instituições e, sobretudo, das forças de segurança. “Eles não podem virar as costas para situações dessa natureza, sob pena de termos a barbárie instituída entre os brasileiros”, disse Paulão.

Ele destacou que estamos vendo pessoas atacando outras por causa da política “e agora sabemos que elas também jogam bombas e matam”.

Paulão lembrou que “o pior é que o atual presidente da República, com seu discurso belicoso, tem estimulado seus apoiadores a esse tipo má conduta criminosa”.

Enfim, o cenário de horror parece estar mais próximo do que se imagina.