
Após as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PP-PB) que afirmou que o 8 de janeiro de 2023 não foi uma tentativa de golpe no País, porque não teve um líder, parlamentares da bancada do presidente Lula (PT) reagiram contrariados.
Esta foi a primeira manifestação do presidente, eleito por petistas e bolsonaristas, a causar reação da bancada do presidente da República.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) acusou uma “leitura equivocada dos fatos” pelo presidente Hugo Mota e disse o 8 de janeiro faz parte de uma tentativa de golpe de Estado violenta.
Mais cedo, em entrevista a uma rádio da Paraíba, Motta afirmou que os atos do 8 de janeiro foram uma “agressão inimaginável” às instituições, mas não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado.
Mais reações
Quem também reagiu contra Motta foi a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI do 8 de Janeiro. Disse ela que “houve tentativa de golpe e o responsável por liderar esses ataques tem nome e sobrenome. É Jair Messias Bolsonaro”.
Hugo Motta deu entrevistas afirmando que o 8 de janeiro foi apenas uma agressão às instituições e por isso acrescentou que não pode ser admitido que aconteça novamente.
“Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer”, disse. “Agora querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso.” Declarou Motta.
Vice-líder do governo Lula na Câmara, o deputado Rogério Correia (PT-MG) foi outro a rebater as declarações do presidente da Casa.
Não vale um relatório de mil páginas aprovado no Congresso via CPMI? Não valem os múltiplos indiciamentos pela PF após provas e delações? Não valem as minutas golpistas na sede do PL? Não valem as bombas colocadas no aeroporto de Brasília e os planos de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes? Os Kids Pretos? A quebradeira dos três Poderes? Os inúmeros financiadores da barbárie? E os vários discursos golpistas do inelegível? Não vale nada do que assistimos?” Questionou o parlamentar.