Uma mamata e tanto. Quer dizer, bilionária.
É exatamente isso que o Congresso Nacional acaba de aprovar com a força da bancada evangélica. Trata-se do perdão de dívidas tributárias de igrejas, acumuladas após fiscalizações e multas aplicadas pela Receita Federal.
O valor da mamata, em nome de Jesus, é de R$ 1 bilhão. O texto aprovado pelos congressistas agora vai para a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Ele, aliás, já vinha há bom tempo negociando essa anistia com os pastores, Edir Macedo, Waldemiro Santiago, R. R. Soares, Silas Malafaia e outros, que agora dão glórias e aleluias com o calote em andamento nos cofres públicos.
Em abril, por exemplo, sua excelência o presidente promoveu uma reunião com o deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do pastor R. R. Soares, e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, para discutir esse débito das igrejas. No ato, a ordem foi para a equipe econômica “resolver o assunto”.
Pela participação que teve nessa articulação, certamente o presidente não utilizará o seu pode de veto a esse vergonhoso calote dos templos.
Agora é só louvação, com água benta, aleluia, amém.