É triste, muito além da conta, o caso do menino Henry Borel, 4 anos, assassinado no Rio de Janeiro.
O principal acusado do crime, o padrasto Dr. Jairinho, médico e vereador carioca, é o típico “homem de bem”, referendado por essa nova onda conservadora da sociedade brasileira. Ele está preso.
-Ah, Dr. Jairinho é um homem de bem.
É o que costumavam dizer a sogra e a atual esposa, Monique Medeiros, presa também, como co-autora do crime.
E quem é o Jairinho, o típico “homem de bem” na propaganda dos tempos atuais?
Pois bem. O histórico de Jairo Souza Santos Júnior já dizia bem que o indivíduo era controverso, com sinais de alta periculosidade. Milita na política há 15 anos, com ligações diretas com o crime organizado, patrocinado pelas milícias do Rio de Janeiro. Foi por meio delas, que o pai dele, o coronel Jairo Souza Santos Júnior, se elegeu deputado estadual.
O pai da criança assassinada, o engenheiro Leniel Borel, já havia alertado a mãe e ex-esposa, que a criança estava sendo maltratada pelo padrasto.
De nada serviu o alerta e o menino Henry acabou assassinado por um monstro, que era cultuado no meio social como bem feitor, o homem de bem, “defensor da família”, como diz sua propaganda para vereador.
Triste, muito triste mesmo. Mas, o Brasil está cheio de “jairinhos”, escondidos no slogan de “defensor da família”.
Na cena oculta, são defensores do crime e da morte.