Em transmissão ao vivo do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a volta da censura ao país , afirmando que não é censura, mas um conjunto de medidas para “preservar os valores cristãos”.
O governo federal mandou cancelar f estivais, seminários e espetáculos em unidades e projetos da Caixa e Banco do Brasil. Também já anunciou que pretende mexer na Fundação Nacional das Artes (Funarte) e na Agência Nacional de Cinema (Ancine).
Bolsonaro falou sobre o tema ao participar, ontem, por videoconferência, de um simpósio conservador realizado em Ribeirão Preto. Segundo ele, “o Brasil mudou” e a censura que seu governo está reinaugurando no país, de maneira similar ao período da dita dura militar é, para ele, algo como uma “proteção” ao povo: “Isso não é censura, isso é preservar os valores cristãos, é tratar com respeito a nossa juventude, reconhecer a família”
Na sexta-feira, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, demitiu 19 funcionários da Funarte. Todos os funcionários dispensados são integrantes do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) , dirigido por Roberto Alvim, que informou que irá recompor a equipe “com pessoas leais ao governo”.