A casa do fundador da rede varejista Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, teve seu arrombamento com força policial autorizado pela Justiça de São Paulo.
A decisão acontece por um processo movido pelas organizações Globo a fim de garantir a realização da penhora de bens pessoais do empresário.
O arrombamento poderá ser feito caso o empresário não libere o acesso do imóvel, localizado na rua Portugal, no Jardim Europa, em São Paulo, ao oficial de Justiça encarregado de penhorar os bens.
O empresário deve R$ 61,2 milhões para a Globo por ter sido o avalista de sete notas promissórias emitidas em 2017 pela Ricardo Eletro em favor do grupo.
A decisão cabe recurso, mas Nunes e a Ricardo Eletro não negam a dívida. O porém é que as partes defende que o pagamento seja feito no âmbito do plano de recuperação judicial da Máquina de Vendas, grupo da qual a empresa varejista faz parte.
Nunes não é mais acionista do grupo Máquina de Vendas, que controla a Ricardo Eletro. O grupo foi assumido pela MV Participações. Em 2018, a recuperação extrajudicial da rede varejista foi conduzida pela Starboard, gestora de fundos credores da Máquina de Vendas, holding controladora também das lojas Insinuante.
Sonegação de impostos
Há um mês, a Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou uma operação para investigar os crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O alvo das investigações é a família do fundador da rede varejista Ricardo Eletro.
Além de Ricardo Nunes, o irmão dele, Rodrigo Nunes, e a filha, Laura Nunes, também foram procurados. A operação foi batizada de “Direto com o Dono”.
Segundo apuração da Polícia Civil, cerca de R$ 400 milhões em impostos foram sonegados em cinco anos. Ao vender um produto, a Ricardo Eletro cobrava dos consumidores os valores referente a impostos, mas não fazia os repasses à Receita.