Segundo noticiou o jornal Congresso Em Foco, o empresário Pedro Magno Salomão Dias confessou em depoimento à Polícia Federal (PF) que atuava como operador financeiro de Luciano Cavalcante, ex-assessor parlamentar do deputado federal Arthur Lira, atual Presidente da Câmara.
Já o jornal O Estado de S.Paulo, publicou que o empresário se tornou fundamental na investigação da PF sobre fraudes em contratos para compra de kits de robótica em 42 cidades de Alagoas.
Por tudo isso, policiais passaram meses à paisana no monitoramento e descobriram uma intensa rotina de saques fracionados em espécie em agências bancárias e entregas presenciais em Brasília e em Maceió, de acordo com o jornal.
Preso na Operação Hefesto, o empresário prestou depoimento e confessou que atuava como operador financeiro de Cavalcante. O advogado André Callegari, que defende Cavalcante, afirmou que seu cliente conhece “superficialmente” Pedro Magno.
O amigo
Luciano Cavalcante é tido como um dos homens de confiança de Lira. Segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, o esquema desviou recursos destinados à compra de kits de robótica para a rede escolar em 43 municípios de Alagoas. Durante as apurações da Operação Hefesto, a Polícia Federal localizou anotações de repasses de R$ 265 mil atrelados ao nome “Arthur” em meio aos pertences do motorista Wanderson de Jesus, funcionário de Cavalcante.
O deputado negou, na ocasião, ser o destinatário do recurso.
Entenda o caso
A Operação Hefesto foi deflagrada em 1º de junho deste ano com a participação de mais de 110 agentes da Polícia Federal e 13 servidores do CGU, que cumpriram 29 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. A ação da PF foi realizada na investigação de uma organização criminosa acusada de fraudar licitações relacionadas ao fornecimento de equipamentos de robótica e de lavar dinheiro no Estado de Alagoas.