Leda Nagle cometeu um erro grave como jornalista: leu durante uma live em seu canal do YouTube uma fake news e a passou como verdadeira. E a notícia mentirosa era simplesmente de que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Gustavo Maiurino, teria descoberto um plano de Lula para matar Bolsonaro – claro, isso é mentira.
A informação constava em um tuíte atribuído ao novo diretor-geral da PF, mas a conta da qual ela tirou a notícia era falsa e não de Maiurino.
“O delegado Paulo Maiurino hoje colocou a seguinte nota: ‘Partiu daqui, em conjunto com @LulaOficial e outros a ideia de matar Bolsonaro. Por enquanto não posso dizer muito, mas vocês saberão. Quem quiser pensar que é falsa a informação, fique à vontade, nos próximos dias saberão de muitas coisas. Deus abençoe vocês’. Quando ele diz, ele bota afoto do STF [Supremo Tribunal Federal]”. Leda Nagle, ao vivo em seu Youtube.
A extremista de direita Leda Nagle lê denúncia de um delegado sobre um plano para assassinar Bolsonaro.
O plano teria sido idealizado por @LulaOficial.
Essa é a mamadeira de piroca do dia oferecida pelo parajornalismo reacionário. pic.twitter.com/IACD7S0PFW
— JornalismoWando (@JornalismoWando) April 19, 2021
A jornalista prontamente recebeu críticas na internet. E presente nos trending topics do Twitter nesta segunda (19), publicou uma nota em suas redes sociais lamentando o ocorrido.
Ela afirma que a leitura da fake new foi feita no sábado (18) durante transmissão ao vivo para um grupo fechado que ela mantém, batizado Clube da Notícia, em que são debatidos os noticiários com seguidores.
“Algum membro do grupo, por má fé ou porque ficou impactado pela notícia, pinçou um trecho de dois minutos de uma live de 47 minutos e viralizou antes mesmo que eu tivesse voltado com a checagem completa da informação, até porque não tem live no domingo e isto só aconteceria às 20h de hoje [segunda] em live aberta de toda segunda. Agora que vocês já conhecem o que aconteceu, peço desculpas” Leda Nagle, em nota.
PF
A Polícia Federal afirmou que Tweets denunciando uma “conspiração” para matar o presidente Jair Bolsonaro não foram escritos pelo diretor-geral da instituição, Paulo Maiurino, e sim por alguém utilizando uma conta falsa para se passar por ele.