A IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) publicou texto em seu site oficial no qual faz duras críticas à fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse, em entrevista a uma rádio de Minas, em meados de agosto, “não ser candidato de nenhuma facção religiosa”.
O Republicanos, partido fundado por bispos da Universal, formalizou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula, principal rival de Bolsonaro, lidera as pesquisas de opinião para a eleição presidencial.
No texto, a IURD afirma que Lula “não consegue conter a mágoa que sente das igrejas cristãs” e que o líder petista “tenta disfarçar o preconceito que nutre contra os evangélicos e cristãos católicos”:
“Lula passou uma temporada na cadeia, porém finge que não aprendeu o que é facção criminosa, mas vamos refrescar a memória do ex-presidiário e de quem já não lembra mais de um emblemático caso de atuação de uma facção criminosa”.
Em 2018, o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal e dono da TV Record, declarou voto em Bolsonaro. Desde o ano passado, a Igreja Universal tem intensificado o discurso contra a esquerda, apesar de algumas críticas de seus representantes ao governo Bolsonaro, como na condução diplomática da crise sobre o comando da igreja em Angola, tomado por pastores locais.
O presidente tem nos evangélicos um de seus principais grupos de apoio na sociedade, com a Igreja Universal sendoconsiderada no meio religioso uma das potências neopentecostais, por ter sucesso eleitoral e uma estrutura centralizada de comando. O Republicanos cresce a cada eleição na Câmara e tem atualmente uma bancada de 43 deputados, nem todos evangélicos.