29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Lula prevê piora da violência eleitoral e PT já descarta diálogo com bolsonaristas

Ex-presidente afirmou várias vezes o desejo de ir às ruas durante a campanha, mas coligação entende que movimento de ódio e eliminação é real

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recomendou cautela aos integrantes do conselho político de sua pré-campanha à Presidência diante do aumento de episódios de violência contra o PT.

Segundo participantes de reunião nesta segunda (11), em São Paulo, Lula afirmou que a tendência é que esse quadro de violência piore ao longo da campanha eleitoral, mas que as pessoas não podem se deixar intimidar.

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Ele disse ainda que haverá grandes atos em estados como São Paulo e Minas Gerais e que não se deve responder às provocações com violência. “Traduzindo o que Lula recomendou, vamos responder com flores”, diz o presidente da UGT, Ricardo Patah, que participou da reunião.

A coligação em torno do nome de Lula nas eleições reúne sete partidos: PT, PSB, PSOL, Rede, PV, PC do B e Solidariedade.

Segurança

Segundo Raimundo Bonfim, que coordena a CMP (Central de Movimentos Populares), Lula afirmou várias vezes em sua fala o desejo de ir às ruas durante a campanha.

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse que o ex-presidente fez a avaliação de que isso é um fato novo e que “nunca tivemos uma situação dessas em campanhas políticas no Brasil”.

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Ao ser questionada se o PT buscaria diálogo com a equipe de Bolsonaro, a parlamentar afirmou que isso seria “ridículo, porque a campanha dele que está fazendo todo o movimento de ódio”.

“Não vivíamos isso no processo eleitoral brasileiro. Isso é recente e tem nome e endereço. É o movimento que foi deflagrado por Jair Bolsonaro. O movimento do ódio, da eliminação”.

Ela disse ainda que a campanha não se intimidará com esses casos. “Não vai ser essa violência bolsonarista que vai fazer a gente recuar. Vamos continuar firmes na campanha.” Segundo Gleisi, não haverá mudanças no esquema de segurança de Lula.