Mãe da bebê Ana Beatriz segue medicada e defesa fala em depressão pós-parto

Pena para infanticídio é de 2 a 6 anos de prisão, menor que a pena de homicídio, que é de 6 a 20 anos

Eduarda Silva de Oliveira, mulher que matou a própria filha recém nascida sufocada em Novo Lino, segue medicada no Presídio Feminino Santa Luzia.

Sua defesa afirma que ela passará por avaliações psiquiátricas e psicológicas, para explicar o que aconteceu com na Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, foi encontrada morta no dia 15 de abril.

“Fomos ao presídio, conversamos com ela. Ela está sendo medicada, acompanhada e muito bem tratada. No momento, o que tenho a dizer a vocês é isso. Vamos aguardar todos os procedimentos médicos, psiquiátricos e psicológicos para poder tomar uma decisão no rumo do processo”. Defesa de Eduarda.

Dada como sequestrada, após denúncia da mãe, a linha de investigação foi descartada pela polícia com o andamento das buscas. Após várias versões, Eduarda admitiu que tirou a vida da própria filha e o corpo dela foi encontrado dentro de um plástico em um armário no quintal da casa da família.

A expectativa é de que ela seja indiciada por infanticídio – quando uma mulher mata o filho durante o parto ou logo após, sob influência do puerpério.

A pena para esse tipo de crime é de 2 a 6 anos de prisão, menor que a pena de homicídio, que é de 6 a 20 anos, o que pode ser atenuado diante do diagnóstico de depressão pós-parto.

A depressão pós-parto é um período prolongado e mais evidente em sintomas como choro, insônia, perda do interesse em cuidar do bebê, dificuldade para amamentar e sofrimento intenso.

Cerca de 20% das pacientes evoluem para um quadro de depressão pós-parto, uma doença mental que precisa ser diagnosticada e tratada precocemente para evitar a perda de laços futuros entre a mãe e o bebê, além de atraso do desenvolvimento psicomotor da criança.

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