A mãe da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, sequestrada na última sexta-feira (11) em Novo Lino, alterou nesta segunda (14) seu depoimento inicial após contradições apontadas pela Polícia Civil.
A bebê, com pouco mais de 15 dias de vida, segue desaparecida após três dias de buscas intensivas. Segundo o delegado, a mudança na narrativa ocorreu após o cruzamento das informações prestadas por ela e por familiares.
Os dados da mudança, no entanto, não podem ser divulgados, pois detalhes podem prejudicar as diligências em andamento. Vale lembrar que no relato original, Eduarda disse que estava em um ponto de ônibus quando um carro com três homens e uma mulher se aproximou.
Ela afirmou que os ocupantes ameaçaram atirar nela e levaram a criança à força:
“Eu saí de casa com ela para atravessar a pista, aí esse carro já vinha seguindo lentamente. Quando percebi algo estranho, que eles iam parando, dei meia volta, desconfiei que algo estava errado. Foi aí que a mulher abriu o vidro do carro e disse: ‘Se você der mais uma volta, eu atiro’. Eu congelei. Ela falou de dentro do carro, nem chegou a sair. Dois caras com a camisa no rosto desceram e puxaram a menina de mim. Tomaram à força, eu não queria dar, com certeza. Entraram no carro ligeiro, aceleraram e foram embora”.
O delegado João Marcelo afirma que nenhuma hipótese foi descartada, incluindo a possibilidade de tráfico humano – ainda que esse tipo de crime seja incomum na região.
O Ministério da Justiça inseriu o nome de Ana Beatriz no sistema Amber Alert, mecanismo internacional de alerta para desaparecimentos. A Polícia Civil continua com buscas e apurações para localizar a criança e esclarecer o crime.