20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Mais ao redor de Bolsonaro são infectados e dúvidas sobre a saúde do presidente continuam

Hospital das Forças Armadas garante sigilo do teste de coronavírus do presidente, que não nega já ter sido infectado

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (20) que há mais quatro casos confirmados de coronavírus entre seus assessores que estavam na comitiva que viajou com ele para os Estados Unidos.

Bolsonaro confirmou que apresentaram resultado positivo para Covid-19 os exames de seu ajudante de ordens, Major Cid, do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, do diretor do Departamento de Segurança Presidencial, coronel Suarez, e do chefe do Cerimonial, Carlos França.

Com isso, sobe para 23 o número de pessoas que estiveram com o presidente nos Estados Unidos na viagem no início de março. Apesar de ter tido contato com essas pessoas, Bolsonaro afirmou que manterá sua rotina de trabalho no Palácio do Planalto, e que pode fazer novos testes.

“Fiz dois testes. Talvez faça mais um porque eu sou uma pessoa que tenho contato com muita gente. Talvez receba orientação médica.”. Jair Bolsonaro, presidente.

Bolsonaro ainda levantou a hipótese de ter sido contaminado pelo vírus e não ter descoberto:

“Aqui em casa, toda a família deu negativo. Talvez, eu tenha sido infectado lá atrás e nem fiquei sabendo. Talvez. E estou com anticorpo”. Jair Bolsonaro.

Na primeira vez que fez o teste, o presidente disse ter dado negativo e comemorou com uma banana aos jornalistas. Isso foi no mesmo dia que o filho Eduardo Bolsonaro confirmou à Fox News, emissora aliada de Trump, que o primeiro teste de seu pai havia dado positivo.

Sigilo

O diretor do Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília, General Rui Yutaka Matsuda, disse que o resultado dos exames do presidente Jair Bolsonaro para coronavírus é um documento pessoal e que quando o hospital recebe do laboratório Sabin o envelope vem lacrado.

“Não sei (se será divulgado). Isso é pessoal dele. Nem nós podemos (divulgar), porque quando mandamos para ele não sabemos. Mandamos num envelope lacrado e é ele que abre”. General Rui Yutaka Matsuda, diretor do Hospital das Forças Armadas.